Consumo sustentável: como práticá-lo

Hoje, dia 31 de Março, é comemorado o dia da Integração Nacional e o dia da Saúde e Nutrição. Sendo assim, é importante refletir sobre o significado que essas duas datas trazem e em como contribuir com o meio ambiente e com a sociedade por meio do consumo sustentável.

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O Consumo Sustentável

O consumo sustentável é um tema bastante relevante e contribui com a intenção de comemorar essas duas datas, já que é uma forma de incentivar o desenvolvimento social e ambiental, como também uma forma de garantir saúde e boa alimentação para a sociedade.

Fonte: Design Brasil

Segundo o Manual de educação para consumo sustentável, o consumo sustentável vai além de inovações tecnológicas que garantam que todos os processos relativos ao produto não agridam o meio ambiente, seja na produção, na distribuição, no consumo ou no descarte final, e de mudanças nas escolhas individuais de consumo, onde o consumidor decide o que comprar ou não a partir de um compromisso ético, consciência e responsabilidade quanto aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e comportamentos podem causar em ecossistemas e outros grupos sociais.

O consumo sustentável, portanto, enfatiza ações coletivas e mudanças políticas, econômicas e institucionais para fazer com que os padrões e os níveis de consumo se tornem mais sustentáveis, se tornando uma meta a ser atingida pela ação dos consumidores. Também, o consumo sustentável precisa ter apoio vindo de investimentos em políticas públicas e de movimentos sociais, para resolver os desiguais níveis de consumo, pois além do modo como consumimos os produtos, há a quantidade de consumo que se torna desigual quando há dificuldades de acesso, distribuição e justiça social e ambiental. Nesse ponto de vista, além do impacto ambiental gerado pelo consumo, o impacto social e ambiental da distribuição desigual do acesso aos recursos naturais, também ajudam na degradação social e ambiental através do “superconsumo” e do “subconsumo”, necessitando portanto de uma solução.

De acordo com o Manual de educação para consumo sustentável, as relações entre meio ambiente e desenvolvimento estão diretamente relacionadas aos padrões de produção e consumo de uma determinada sociedade, fazendo com que a responsabilidade sobre impactos gerados pelo consumo seja de todo mundo. A construção de padrões e níveis de consumo mais sustentáveis envolve a construção de relações mais solidárias entre diversos setores sociais como produtores, comerciantes e consumidores, e iniciativas de apoio a formas alternativas de produção como a agricultura familiar e orgânica, reservas extrativistas, cooperativas de produtores, economia solidária, entre outras, que precisam contar com uma ampla identificação e participação dos consumidores.

Dessa forma, a busca de formas alternativas e solidárias na esfera da produção se aliam ao consumo sustentável e faz com que as práticas de consumo sustentável criem redes de informação e aprendizagem, conscientizando a população sobre a importância dessas práticas para preservação do meio ambiente, para o desenvolvimento da sociedade e benefícios em relação à saúde e o bem-estar da população.

6 passos para o Cultivo de uma horta em casa

O consumo de alimentos industrializados é um dos fatores prejudiciais ao meio ambiente e para a sociedade, já que o material das embalagens acabam gerando resíduos e precisarão de um descarte adequado. Então, reunimos seis passos do guia Horta em Casa para facilitar o cultivo de uma horta em casa, como uma das formas de incentivar o consumo sustentável e ajudar com que ele seja praticado, para que assim o descarte de resíduos seja amenizado.

Passo 1: Escolha o local

Um local ensolarado ajuda no crescimento das hortaliças, que necessitam de muita luz para isso. É necessário irrigá-las, por isso o local precisa ter uma fonte de água potável de boa qualidade e em abundância. E, também, os terrenos precisam estar bem drenados, uma vez que as raízes das hortaliças respiram bastante, o que é dificultado por terrenos encharcados onde a quantidade de ar disponível no solo se torna insuficiente atrasando o crescimento e favorecendo o aparecimento de doenças.

Passo 2: Prepare o terreno

Para que o terreno esteja pronto para o plantio é necessário que o mato seja capinado, que os tocos de árvore sejam arrancados, que as pedras, cacos de telha ou vidro sejam catados e que os restos de entulho sejam retirados. Após isso, é importante que a terra seja adubada, com esterco curtido ou composto orgânico, obtido através da decomposição de restos de vegetais e animais, como recomendado pelo guia.

Para finalizar, faça canteiros com quinze a vinte centímetros de altura e com cerca de um metro de largura, deixando um espaço entre os canteiros de quarenta a cinquenta centímetros para que possa circular entre eles. É possível variar o tamanho do comprimento canteiros, caso o terreno tenha tamanho menor.

Passo 3: Observe o Clima e o leve em consideração

O clima tropical do Brasil favorece a plantação, criando um ambiente favorável para a plantação da maioria das hortaliças durante o ano todo. Ainda assim, existem algumas que se desenvolvem melhor em determinado clima ou época do ano e se esse fator for levado em consideração as pragas e doenças serão reduzidas. Veja a seguir alguns exemplos:

• Hortaliças que se desenvolvem melhor na primavera e no verão: abóbora, abobrinha, berinjela, feijão-vagem, melão, melancia, pepino, pimenta, pimentão, quiabo, tomate.
• Hortaliças que se desenvolvem melhor no outono e no inverno: agrião, acelga, beterraba, couve-chinesa, ervilha, nabo, rabanete, rúcula.

Passo 4: Faça a Propagação

Depois de preparar o terreno e levar o clima em consideração, chega a hora de realizar o plantio no canteiro. Dessa forma, para hortaliças pequenas, como cenoura, beterraba, rúcula e rabanete, é recomendado que sejam feitos sulcos rasos (buracos para o plantio) de um a três centímetros de profundidade e que uma semente seja colocada a cada um centímetro. Já para hortaliças que produzem frutos como abóbora, melancia, melão, pepino e quiabo, a semeadura deve ser feita em covas (buracos maiores para plantio) de três a cinco centímetros de profundidade e que sejam colocadas de duas a quatro sementes por cova, variando de trinta centímetros a um metro de distância entre cada semente, conforme a espécie da hortaliça. Após isso, é preciso cobrir com um pouco de terra as semeaduras e regar com água todos os dias.

Também é possível realizar o plantio na produção de mudas. Para isso, no canteiro deve haver copinhos de jornal ou bandejas de isopor e um substrato preparado com a mistura de terra peneirada mais esterco peneirado e adubo. Assim, será possível preparar o local para semear, colocando o substrato dentro de um dos recipientes recomendados. Entre vinte e cinco e quarenta dias, quando a muda plantada tiver de quatro a cinco folhas, ela precisará ser transplantada em um local definitivo e para isso é preciso molhar bem as mudas para serem retiradas do recipiente anterior. É preciso, então, escolher mudas graúdas, sem raízes tortas ou arrebentadas e plantá-las em covas com distância e profundidades recomendadas de acordo com a espécie, como citado anteriormente. Depois, basta colocar a muda na cova, encher de terra, apertá-la para que fique firme e molhar todos os dias para que ela pegue na terra. Após a muda se estabelecer no local definitivo, basta regar regularmente de acordo com a necessidade da planta.

Passo 5: Tome cuidado

Após a realização do plantio é preciso monitorá-lo, tomando alguns cuidados com a planta: lembre de eliminar o mato sempre; elimine plantas doentes e menos desenvolvidas; não esqueça de afofar, colocando terra aos pés das plantas para que se desenvolvam melhor; através da técnica de estaqueamento e amarrio, firme ou fixe as plantas dando apoio para que elas cresçam; dê preferência a espécies com cultivo mais simples ou que estejam adaptadas às condições do local de plantio; guarde as sementes não utilizadas em local fresco e seco, para não estragarem; e tome cuidado com as sombras, adubação e irrigação, como visto no passo 4, tendo em vista que esses são fatores importantes para o desenvolvimento da planta.

Passo 6: Fazendo a Colheira

A colheita caseira pode ser feita aos poucos, antes ou depois do ponto, para que a plantação seja melhor aproveitada. Mas, depois de colher é preciso lavar bem as hortaliças e armazená-las em um local fresco, para que sejam conservadas e possam fazer parte de uma alimentação saudável.

Dica: Realizando o Plantio de Hortaliças em recipiente fixo

Antes de encerrar, há mais uma dica preciosa que pode ser utilizada, pois é possível realizar o plantio de hortaliças em recipientes fixos, que sejam resistentes à umidade, como vasos de cerâmica, sacos ou tubos plásticos, latas, garrafas ou caixotes, quando colocados em local arejado e iluminado.

As hortaliças que podem ser plantadas em recipientes entre vinte e vinte e cinco centímetros de profundidade são agrião, alface, chicória, almeirão, beterraba, cebolinha, coentro, espinafre, morango, rabanete, rúcula e salsa. Já em vasos ou sacos plásticos com trinta a cinquenta centímetros de altura e vinte a trinta centímetros de diâmetro é possível plantar berinjela, jiló, couve, brócolis, couve-flor, repolho, feijão-vagem, ervilha torta, pepino, pimentão, pimenta, quiabo e tomate.

Para plantá-las, faça furos no fundo do recipiente e o coloque sobre suportes que permitam o escoamento da água. Para encher o recipiente, faça e utilize uma mistura em partes iguais de terra e esterco de gado curtido ou composto orgânico. A cada vinte litros da mistura, acrescente cem gramas do fertilizante NPK ( composto dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio ) na formulação 4-14-8, ou seja, 4 partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e 8 partes de potássio, que fortalece espécies que produzem flores e frutos. Misture bem o fertilizante com a mistura de terra e esterco para evitar que raízes das plantas sejam queimadas. Pronto! Conclua o plantio e aguarde para colher e ter uma alimentação saudável e nutritiva com sua hortaliças.

Dia 31 de Março: Curiosidades

O Dia da Integração Nacional

O Dia da Integração Nacional mostra a importância de existirem políticas necessárias para o desenvolvimento sustentável em todas as regiões do Brasil. A data foi criada para conscientizar os governantes e a população sobre as várias diferenças regionais causadas pelo desenvolvimento desigual e para incentivar a busca de oportunidades iguais para a população de todas as regiões.

Segundo o Calendarr Brasil, em 1999 foi criado o Ministério da Integração Nacional, órgão que tem o objetivo de estabelecer meios para conduzir uma política nacional para o desenvolvimento das regiões, aplicando recursos, além de incentivar empresas e recursos que busquem um nível mais aproximado entre os diversos estados e regiões. Esse Ministério resultou em esforços para a integração nacional brasileira, com a implantação de empresas em regiões ainda desprovidas de industrialização, a criação de polos regionais nos estados menos favorecidos e políticas regionais voltadas para os interesses dessas áreas ainda desprovidas de maior desenvolvimento.

Ainda assim, no Brasil existem diversas diferenças regionais onde será necessária a execução de um grande trabalho governamental, das empresas e da população para que se torne possível um desenvolvimento justo e de qualidade para suprir as necessidades básicas das populações regionais.

O Dia da Saúde e Nutrição

O dia da Saúde e Nutrição também faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde e o seu objetivo principal é informar as pessoas sobre a importância da saúde e da boa alimentação, além de ser um dia para que as pessoas pensem na sua própria saúde e seus hábitos alimentares e o que fazer para melhorá-los. Também é uma data para que as instituições, públicas e privadas, vejam como contribuir para um desenvolvimento sustentável ligado à alimentação, conseguindo crescer economicamente e, ao mesmo tempo, garantir a preservação do meio ambiente e melhores condições de vida para a sociedade de forma sustentável.