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Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
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Um tema bastante discutido é a gestão eficiente da água. Já sabemos que em muitos países a água, substância essencial para a sobrevivência do homem e do planeta em geral, é muito escassa. Há lugares que enfrentam longas e intensas secas. E isso vem se agravando cada vez mais com o aumento da temperatura média da Terra, o que coopera consequentemente para as mudanças climáticas e assim a diminuição das chuvas.

Os resíduos produzidos pelas empresas e indústrias instaladas por todo o mundo são uma preocupação para o equilíbrio da natureza e muito se discute sobre os impactos que esses rejeitos podem causar ao meio ambiente, impactos estes que podem inclusive ser irreversíveis. 

A água e a poluição no Brasil

O Brasil é um país onde o modelo econômico e de desenvolvimento dominante, muitas vezes, incentiva um padrão de consumo desenfreado e é conhecido por sua abundância em água doce. No entanto o país vem sofrendo alterações drásticas em sua rede fluvial. O  brasileiro gera, em média, 1,062kg de lixo por dia (dados de 2014), e grande parte deste lixo, senão maioria, é destinada incorretamente.

Segundo pesquisa realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) em maio de 2015, 50,6% dos municípios brasileiros ainda não destinam seu lixo em aterros sanitários. E assim, o resíduo sólido está sendo enviado aos lixões, locais estes que por falta de estrutura adequada contribui para a contaminação, principalmente dos lençóis freáticos do planeta.

Não raro, vê-se notícias e denúncias acerca de materiais descartados em locais inadequados para sua destinação, como em lotes vagos, margens de rios e inclusive dentro destes. Resultado do mal costume, vários cursos d’água, riacho, córregos, os lençóis freáticos contaminados, impróprios para qualquer uso do ser humano, além das doenças que o lixo mal descartado pode acarretar.

Alguns números sobre a água doce do país

À medida que a população aumenta o consumo, as empresas aumentam suas atividades e não é feito um controle rigoroso da destinação dos resíduos sólidos, vide a lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que impõe o fechamento de todos os lixões do país até 2014 e foi prorrogada até 2018, o volume de água que é contaminado e poluído também aumenta.

Segundo dados de 2015 da Fundação SOS Mata Atlântica, em uma pesquisa realizada em 1111 rios de cinco estados do Brasil mais o Distrito Federal, 21 destes rios, a água possui uma qualidade tão ruim que, ainda que seja realizado tratamento, ela fica imprópria para consumo. E ainda não foi capaz de encontrar um rio sequer que fosse totalmente limpo.

Na pesquisa do ano anterior, apenas 11% dos rios analisados tinham sido considerados de boa qualidade. No Rio de Janeiro, uma das principais fontes de água da cidade, o Rio Carioca, hoje é um dos mais poluídos. Ele nasce limpo, porém ao atravessar por baixo da cidade sete quilômetros, ele fica completamente poluído.

As consequências sobre  água

Fonte: Estado de Minas
Fonte: Estado de Minas

Esses números alarmam para um fato de extrema urgência que precisa ser estudado e solucionado: o planeta não suportará o modo de vida que o homem criou para si e vem “aperfeiçoando” a cada dia. O que não falta são exemplos dos efeitos que o descarte incorreto pode causar. O rio Tietê, em São Paulo; o Rio Carioca já citado acima; o Rio Doce, poluído pelos dejetos da mineradora Samarco; Rio das Velhas, em Minas Gerais; entre muitos outros distribuídos pelo território brasileiro.

ONGs, Entidades e Fundações, além do próprio governo, têm elaborado e aplicado projetos de conservação, limpeza e manutenção dos rios. Ainda há muito a se fazer, e cada vez mais o Estado vem contando com a ajuda das pessoas. É necessário que todos se conscientizem a respeito do tema. Que todos entendam que a água na velocidade que é consumida e no abuso que há desse consumo, vem se tornando um recurso não renovável, uma vez que está havendo escassez dela e com o aquecimento global e o efeito estufa, as chuvas têm diminuído bastante.

Uma reflexão a cerca da escassez de água

“Essa escassez que a gente vem enfrentando, a falta de água, esses dados revelam que não é porque nós não temos água. É porque nós deixamos vários rios, grandes rios que cortam cidades indisponíveis por causa da poluição. A gente teve um grande descaso com esses rios por falta de saneamento básico”, diz a pesquisadora, Malu Ribeiro, do SOS Mata Atlântica.

Não haveria crise de abastecimento de água como houve no ano de 2015 se existisse um maior cuidado com os rios e com o descarte apropriado do lixo produzido por cada um, seja pessoa, seja indústria.

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Marketing na Descarte Legal e estudante de Publicidade e Propaganda.

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